Creep Feeding pode aumentar produtividade na bovinocultura de corte

Suplementar à dieta de animais jovens, o creep feeding é um método de alimentação por influência que proporciona o aumento no ganho de peso dos bezerros em fase de amamentação e pode aumentar a produtividade na bovinocultura de corte.

“Sabemos que a taxa de desmama e a quantidade de quilos de um bezerro desmamado estão diretamente ligados a eficiência da criação. Ou seja, quanto mais pesado for o bezerro desmamado, menor será o tempo de abate. Isso ajuda a reduzir os custos de permanência do animal na propriedade ou a elevar o seu valor de venda”, explica a coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Luana Torres.

O creep feeding é um pequeno dispositivo de passagem, dentro de um cerco, que dá ao bezerro o acesso a um cocho privativo, onde as matrizes lactantes não têm acesso, com ração concentrada e balanceada. Geralmente, o suplemento é enriquecido com vitaminas e minerais.

Segundo Luana Torres, para fazer o creep feeding de maneira adequada, é necessário que a área do cercado disponha de aproximadamente 1,5 m² por cria, com um espaço mínimo de 2 metros entre o cocho e a cerca para circulação. “O acesso de entrada (creep) deve ser exclusivo dos bezerros, por essa razão, o espaço é de 40 centímetros de largura por 1,20 m de altura”, explica.

Além do maior peso à desmama, se comparado ao sistema convencional de criação, o creep feeding também traz outras vantagens. “Ele possibilita que as matrizes retornem ao cio mais rapidamente e também ganhem peso, reduzindo a idade da primeira prenhez e do abate. Além disso, melhora o desempeno das crias durante o período de terminação e facilita o controle de parasitas”, comenta Luana.

O creep feeding ainda pode ser utilizado para aumentar o desempenho do animal na entressafra, época em que a oferta de forragem cai e a produção de leite sofre uma diminuição. Apesar dos benefícios, a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas alerta para os cuidados necessários na utilização do sistema.

“O alto custo do concentrado ou o baixo desempenho dos animais podem inviabilizar a lucratividade; as crias suplementadas podem apresentar baixo desempenho no início do creep feeding – isso ocorre pelo fato de esses animais mostrarem um ganho compensatório na fase inicial –; os bezerros que passam pelo creep feeding, se forem desmamados e colocados no pasto, podem apresentar baixo desempenho pela dificuldade em se adaptar à nova dieta baseada em volumosos; e o sistema pode ocasionar acidose no animal”, pondera Torres.

“Diante de tudo isso, é válido que o produtor avalie se o sistema é viável de acordo com os seus objetivos e a realidade da sua propriedade. Os pecuaristas que trabalham com foco nas crias e que vendem animais por quilo podem obter vantagens utilizando esse sistema, pois agrega valor ao produto”, orienta a coordenadoa de ATeG do Senar Alagoas.(Agrolink)

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